Bandas Novas: Entrevistas:  Comuna

Por Bruno Feijão Genaro

Como surgiu a banda? Já houve mudanças na formação?

A banda Comuna foi formada originalmente com o nome de O.N.G. (Organização Não Governamental), em 01/08/2002, tendo sua primeira apresentação sendo feita no aniversário do nosso Amigo Rafael (Morcego) em 17/01/2003 em Rio Bonito - RJ. Algumas semanas depois, de uma ''quase'' apresentação no bar do bigode, um bar punk na Rua Ceará, Centro do Rio, onde cadeiras e mesas aladas vindas de uma briga entre motoqueiros e punks, nos impediu de tocar, a banda perde o vocalista Elias (Repolho) que sai da banda alegando motivos pessoais.
A banda então entra em um processo de procura de um novo vocalista, e perde com isso 2 meses fazendo testes com a galera que conhecíamos aqui da cidade (Ilan, Rafael coco e outros). Mesmo assim não conseguimos alguém que se encaixasse no estilo, ideologia e tivesse ao mesmo tempo disponibilidade para se dedicar a banda.
Até que o convite para vocal é feito ao Victor, que mesmo morando em Niterói, cidade que dista 60 Km de Rio Bonito, cai como uma luva no estilo e ideologia da banda, e os ensaios recomeçam.
Seis ensaios depois da entrada do novo garganta a banda já se apresentava no evento ''Espaço Alternativo I'' dia 08/06/2003.
A banda se tornou oficialmente Comuna a partir deste primeiro show no evento Espaço Alternativo I.
A troca de nome da banda se deu pela troca de vocalista, onde decidimos de comum acordo, como é feito nas verdadeiras comunas, que o novo vocal tinha o direito de participar da escolha do nome da banda que ia fazer parte. Infelizmente em março de 2005 houve a segunda troca de vocalista, Victor foi mais uma vitima do capitalismo selvagem, e teve que largar a banda para se dedicar ao trabalho, e assim foi substituido pelo amigo da banda Clésio que assumiu trazendo um pouco mais de grave para os vocais da banda..

Como se define o som e quais as principais influências?
Nosso som pode ser definido como punk-hardcore de raiz, beirando o trashcore. Nossas principais influencias vão de The Exploited, Black Flag, Discharge até Calibre 12, Gritando HC, Ratos de porão, Garotos podres entre outros.
Quem escreve as letras e quais os principais temas abordados?
Todos na banda contribuíram com alguma letra da banda, mas a maioria foi escrita por min (Wanderson-batera). A banda de filosofia anarquista tem uma obrigação com a militância em prol de um mundo melhor e vem realizando junto com o C.E.L. (coletivo de estudos libertários de Rio Bonito) o evento Espaço Alternativo para arrecadar alimentos, que são doados para instituições de caridade da cidade de Rio Bonito.
A banda já possui demo ou álbuns?
Banda independente, underground, punk e hardcore, filosofia anarquista, do interior do estado do RJ, e sem grana!!! Isso dificulta bastante as coisas, mas temos algumas gravações que foram feitas no melhor estilo dos punks (Do it Yourself!) gravações caseiras que não tem muita qualidade mas que ajudaram a caracterizar o som da banda.
Como é ser uma banda independente no Brasil?
Muito difícil, mais ainda quando se é do interior e fazendo o tipo de som que fazemos. Infelizmente algumas pessoas não estão preparadas para escutar as verdades do nosso mundo e isso faz com que a banda seja mal entendida por muitos que não vivem o movimento anarquista.
Comente um pouco sobre alguns shows que marcaram a história da banda.
Mesmo a banda sendo de interior já nos apresentamos em alguns lugares undergrounds característicos na cena do Rio de Janeiro e um show que fica na memória foi o show do Garage, como é bom tocar para um publico que te entenda! Outro show que não esquecemos foi em Jacarepaguá onde mais uma vez tocamos para um publico que entendia e curtia o nosso estilo de som. Temos passagens pelas cidades vizinhas também, Itaboraí e Tanguá onde sempre rolam uns showzinhos.
Quais os projetos para um futuro próximo?
Conseguir mostrar nosso som e idéias para um numero maior de pessoas que gostem do estilo tocado pela banda.
Como tem sido a reação do público que assiste pela primeira vez a banda?
De uma maneira geral a banda é bem aceita e algumas das musicas como: Mundo de Cão, trapped, Gorpo, fudidos, caem no gosto da galera que nos ouve. Mas nem sempre é possível tocar aqui no interior em eventos que priorizem o punk e hardcore, normalmente os eventos são mistos e isso dificulta, pelo preconceito de outras bandas e seus fãs.
Desde que a banda iniciou suas atividades o que mudou e o que piorou? Está mais fácil para divulgar o trabalho e ter um apoio?
O som da banda vem amadurecendo muito desde que comessamos, mais sem perder a característica. A troca de vocalistas atrapalhou na questão de tempo, mas também ajudou na questão de influências que cada um dos vocalistas implantaram na banda e permanecem conosco até hoje. Quanto ao quesito divulgação a internet veio pra ajudar, hoje nós podemos nos comunicar com muito mais facilidade e divulgar via net o ideal e som da banda pra todo o mundo, o que não seria possível alguns anos atrás sem a mesma.
Deixe uma mensagem pra finalizar:
É muito importante esse espaço que vocês nos disponibilizam aqui, pois sabemos que é um trabalho sério e que realmente divulga as bandas que precisam ser divulgadas. Imaginem quantas boas bandas temos por esse Brasil afora e que nós não fazemos a mínima idéia que existem !!?? Além disso tudo o interior está recheado de boas bandas, de todos os estilos, que não são conhecidas por simples preconceito.
Um site como este tem que ser um refugio onde as bandas interajam entre si e fortaleçam o underground de hoje, para que nossas mentes não fiquem a mercê da mediocridade cultural das musicas de hj em dia.


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