Uma simples explicação sobre Niilismo:
Na Rússia czarista surgiu um forte movimento social participante de uma
doutrina filosófica única. Esse movimento foi projetado através
dos jovens russos pertencentes as classes cultas, onde foi caracterizado como "niilista" através
da personagem Bazarov no romance "Pais e Filhos", de Turguenev.
Anarquistas como Mikhail Bakunin e terroristas (inclusive os que conspiraram
com sucesso contra a vida do último czar russo) eram confundidos como
niilistas. Uma característica notável era a grande sinceridade
com que os niilistas russos se expressavam. Um clássico exemplo é o "Catecismo
do Revolucionário" de Nechaiev, que constitui-se num dos documentos
mais interessantes da literatura revolucionária.
O niilista declara guerra ao que se é conhecido como "mentiras convencionais
da sociedade civilizada", assim como o repúdio a tudo que a razão
não pode explicar. Para o niilista não existem "cerimônias".
Se uma pessoa odiada o dirige a palavra, o niilista permanece frio e calado,
sem sentir obrigação em manter aparências e alimentar mais
uma "mentira social". É também pelo niilista repudiada
toda a ignorância e ingenuidade. A religião, a moral e atitudes
pomposas como o cavalheirismo não passam de hipocrisia. A estrutura familiar
também não foge à regra quando o niilista em sua extrema
sinceridade mostra-se rude em relação à falsa amabilidade
de seus pais e demais familiares.
Toda a familiaridade sem amizade é condenada, pois a mesma seria para
o niilista uma contradição, uma negação à sua
conduta e personalidade.
Enfim: Nihil é simplesmente Nihil!